Lavras mantém a dengue sob controle através de ações contínuas de prevenção e combate ao mosquito transmissor.
De acordo com o último balanço do departamento de Vigilância em Saúde do Município, Lavras continua com o número de casos de dengue confirmados considerados satisfatórios pelos profissionais que atuam diretamente no combate à doença. Enquanto Campo Belo soma 500 casos confirmados e impressionantes 2.065 notificações registradas, espalhando a epidemia para as cidades vizinhas, como Cana Verde, que já registra 85 casos, Lavras se mantém na média de cidades do mesmo porte com 70 casos confirmados, sete casos vindos de outras cidades, oito clínico epidemiológicos (que a pessoa com sintomas se recusa a coletar sangue para exame), 26 negativos e outros 86 aguardando resultado, sendo oito de fora (dados desta sexta-feira, dia 28).
Os bons números proporcionais da dengue em Lavras se devem ao trabalho das equipes da Vigilância em Saúde, através dos setores de Promoção da Saúde e de Vigilância Epidemiológica, que vêm atuando continuamente no combate à doença em diversas ações no município, desde o monitoramento dos focos do mosquito, bloqueios químicos, mutirão de limpeza nos bairros e trabalho educativo nas escolas ao longo de todos os meses do ano, e não apenas nos períodos chuvosos e de temperaturas elevadas.
Combate ao Aedes Aegypti
Entre as ações contínuas realizadas pela Vigilância em Saúde, uma das mais importantes são as visitas domiciliares realizadas pelos agentes de endemias, que somam 50 profissionais divididos em equipes de 10 pessoas que atendem regiões específicas da cidade na identificação de possíveis criatórios do mosquito nas residências, na fiscalização de lotes sujos ou abandonados e na orientação aos moradores.
Este trabalho deverá será aprimorado com a implantação do zoneamento, onde cada agente passará a fiscalizar sempre as mesmas residências, ampliando o conhecimento sobre as características dos imóveis, hábitos dos moradores e os horários ideais para as visitas. Além disso, os profissionais de Saúde e Assistência Social dos PSFs e dos CRAS também serão capacitados para o monitoramento das regiões onde atuam, num reforço na fiscalização e identificação de focos do mosquito transmissor.
Em outra frente de trabalho, em todas as situações onde haja a notificação de casos suspeitos de dengue, imediatamente as equipes do setor de Promoção da Saúde partem para o Bloqueio Químico na região onde a pessoa com suspeita reside, com a aplicação de inseticida, vistoria nas residências em busca de criatórios, como calhas entupidas, vasos de plantas, caixas d’água e piscinas, entre outros, além da fiscalização de lotes sujos ou abandonados e dos bota-foras.
Mutirões nos bairros
Outra ação importante são os mutirões periódicos realizados nos bairros da cidade, envolvendo todos os servidores da Vigilância em Saúde, que atuam em conjunto com as equipes das secretarias de Meio Ambiente, Saúde e de Obras. Trata-se de uma força tarefa que atua na identificação de criatórios do Aedes Aegypti, limpeza das ruas, capina, recolhimento de entulho, erradicação de bota-foras, fiscalização de lotes sujos e ainda levando dicas e orientações sobre Saúde para a população, como o último sábado, dia 22, na Vila Murad e na rua 14 de Agosto, na terça-feira, dia 25, no bairro Jardim Glória, quando foi realizado um trabalho pontual na região da mina e adjacências.
Ações Educativas
A Vigilância em Saúde atua também de forma educativa através de palestras em escolas e instituições sobre prevenção de combate à dengue, bem como sobre outras questões que envolvem saúde pública, como tabagismo e prevenção contra as drogas.
Participação da população
De acordo com o gerente da Vigilância em Saúde do município, Júlio César W. Cardoso, todo este esforço acaba sendo em vão se não houver a participação efetiva da população, cada pessoa cuidando de sua residência, de seu lote ou terreno para que não propicie o surgimento dos focos do mosquito. “Qualquer quantidade de água basta para a procriação do mosquito, uma única tampinha de cerveja, copinho plástico, dobra em coberturas plásticas, vaso de planta, bebedouro de animais, por exemplo, pode favorecer o surgimento da larva. Só mesmo o próprio morador tem condição de realizar diariamente este serviço de forma adequada, isso sem falar em lixo acumulado, lotes sem capina, pneus velhos. Se não houver a conscientização da população, a gente pode perde essa guerra”, desabafou Júlio César.
Limpeza de ribeirões e fiscalização de lotes
O servidor destaca que a boa situação de Lavras em relação a outras cidades da região se deve, também, pelo trabalho de limpeza dos ribeirões que cortam a cidade feita desde o início de 2013 e que se tornaram prática usual do Governo Municipal. Júlio lembrou ainda que a nova lei sobre conservação de lotes e terrenos urbanos, aprovada no ano passado e que possibilitou a fiscalização efetiva por parte das equipes do Meio Ambiente, com mais de 1.200 notificações até o momento, também foi importante para eliminar muitos criadouros do mosquito transmissor.
Números da dengue
O gerente da Vigilância em Saúde explicou que o próprio acompanhamento do número de casos de cidade para cidade não representa 100% a realidade, já que o próprio controle dos casos suspeitos pode variar de acordo com a metodologia adotada em cada município. “Em Lavras, notificamos toda e qualquer suspeita de dengue, lançamos automaticamente no sistema, o que dá a real situação no município no número de notificações. Por isso temos o controle sobre a doença, com acompanhamento dos pacientes confirmados e as ações de prevenção e combate ao mosquito transmissor”, frisou Júlio César.
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