5 dúvidas mais comuns sobre câncer de pele
O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e sua prevalência cresce anualmente, respondendo por 25% de todos os diagnósticos oncológicos no país. Para alertar a população para a gravidade do tipo mais grave da doença, maio foi instituído internacionalmente como o mês do combate ao melanoma, que tem uma letalidade mais alta, embora a incidência seja baixa.
Mesmo sendo uma doença que acomete cerca de 175 mil pessoas no Brasil por ano, o câncer de pele ainda desperta muitas dúvidas nas pessoas sobre o diagnóstico, a prevenção e o tratamento. Confira cinco perguntas mais frequentes sobre o assunto:
1 – Quais os primeiros sinais do câncer de pele?
O câncer de pele é uma doença silenciosa, então é importante ficar atento a pintas ou sinais suspeitos. A doença pode se assemelhar a pintas, eczemas, lesões, uma crosta central e que sangra facilmente, uma pinta preta ou castanha que muda de cor, pinta com bordas irregulares, pinta que aumenta de tamanho, mancha ou ferida que não cicatrizam, etc. Recomenda-se consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo. Uma biópsia pode diagnosticar o câncer da pele.
2 – Como prevenir?
Este câncer, ao contrário de muitos outros, pode ser prevenido na maioria dos casos com o uso de chapéus, camisetas e protetor solar. Se possível, evite a exposição solar entre 10h e 16h. O filtro solar deve ser usado diariamente, em todas as estações do ano, e não somente em horários de lazer ou diversão. É importante que o produto proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. A reaplicação deve ser realizada a cada duas horas em atividades de lazer ao ar livre ou de manhã e antes de sair para o almoço em dias de trabalho.
3 – Existe um grupo de risco para o câncer de pele?
Sim, pessoas de pele clara e sardas são mais suscetíveis. Também devem ficar alertas os indivíduos com antecedentes familiares com histórico da doença, pessoas que sofreram queimaduras solares, pessoas com pintas e aquelas com incapacidade para bronzear.
4 – Bronzeamento artificial pode causar câncer de pele?
As câmaras de bronzeamento artificial por motivações estéticas são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde dezembro de 2009. Elas trazem riscos comprovados à saúde e foram reclassificadas como agentes cancerígenos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A prática de bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer da pele, além de acelerar o envelhecimento precoce e provocar outras dermatoses. Já o bronzeamento a jato é seguro e aprovado pela agência reguladora. O procedimento é feito com produto à base de DHA (dihidroxiacetona) e aplicado sobre a pele com uma pistola conectada a um compressor.
5 – Como é o tratamento?
Há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma, tais como radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e as medicações orais e atópicas. O tratamento varia conforme o tipo e a extensão da doença. Já no caso do melanoma, o tratamento leva em conta a extensão, agressividade e localização do tumor. As modalidades mais utilizadas são as cirúrgicas e medicações orais.
Fonte: Vanessa Mussopapo, do Instituto de Oncologia Santa Paula (IOSP), em São Paulo
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