Os advogados Aemerson Alves Leandro e Guilherme F. de Souza, que representam o acusado de ter agredido e torturado sua ex-namorada, além mantê-la em cárcere privado, enviaram a versão do acusado Sérgio Murilo Guerra Júnior, as autoridades. 

Na versão informada no Auto de Prisão em Flagrante Delito, Sérgio alega que no dia 6 de novembro, segunda-feira, enviou uma mensagem para sua ex- namorada, uma estudante do Curso de Direito da Universidade Federal de Lavras (Ufla), dizendo que queria conversar com ela, porém, ela respondeu “melhor não”. Depois, segundo seu relato à autoridade policial na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (Depol), a jovem aceitou conversar.

Sérgio disse que foi ao encontro da estudante na avenida Ernesto Matiolli e que logo que ela desceu do ônibus circular, ele foi ao seu encontro, mas a princípio, segundo sua versão, ela não quis entrar em seu carro, mas depois acabou concordando.

Ele contou que levou a estudante até a Comunidade Rural da Serrinha e lá ficaram conversando. Ainda de acordo com seu depoimento, eles discutiram muito e ele, segundo sua versão, “deu uns tapas nela” e ela tentou fugir e caiu, ele disse ainda que prestou socorro à vítima.

Depois, por volta de 2h da madrugada de terça-feira, dia 7, ele a levou para sua residência, segundo ele, a pedido dela. Lá ele deu um banho na estudante, que estava machucada. Segundo sua versão, na residência estava ele e sua mãe, porém, ela não tomou conhecimento da entrada da estudante, já que faz uso de medicamentos controlados e isso a faz dormir profundamente.

Depois do banho Sérgio colocou a estudante para dormir, segundo sua versão. Ele negou que ele e sua mãe impediram a estudante de ir embora, disse que eles apenas a ajudaram, pois ela se machucou muito na queda, disse também que teve muito trabalho para resgatá-la do buraco onde ela havia caído, gastou
cerca de uma hora. Ele contou que a sua mãe tomou conhecimento da presença da estudante de manhã. Disse também que não agrediu a jovem, apenas puxou seus cabelos dentro do carro e sua roupa rasgou, soltando também o sutiã.

Ele alegou que trabalha com mudanças e nunca foi preso, justificou sua fuga alegando que teve medo do pai de sua ex-namorada, que havia dito que o mataria, disse também que procurou o seu advogado Aemerson Alves Leandro para se entregar, porém, neste intervalo foi preso. Ele alegou que está abalado com o ocorrido.

A defesa manifestou que repudia qualquer acusação de tentativa de homicídio, estupro, tortura e cárcere privado e afirmou que alguns órgãos de comunicação “alegaram erroneamente”. De acordo com a defesa, “o acusado responderá sim pelos seus feitos, após toda a instrução processual e apuração verdadeira dos fatos”.