Pesquisa desenvolvida em Minas para tratamento do câncer é destaque internacional
Um composto produzido em laboratório mineiro, que promete levar esperança a pacientes com câncer de mama, chamou a atenção da imprensa internacional. E neste mês, é destaque da edição da revista científica Chemical Biology & Drug Design, que destacou a relevância da descoberta.
A droga utilizada para eliminar as células tumorais responsáveis por uma das formas mais agressivas desse câncer, o triplo negativo, um tipo de tumor resistente à quimioterapia, é resultado da pesquisa de mestrado de Aline Brito de Lima pela Universidade Federal de São João Del-Rei. Ela investigou quais os tipos de células do triplo negativo eram afetados quando tratados com as moléculas análogas de alcaloides marinhos. “Fizemos um levantamento das características dos tipos celulares apresentados antes e depois do tratamento com as moléculas e vimos que as células com perfil de células tronco do câncer de mama morriam”, explica Aline.
A pesquisadora da Fundação Ezequiel Dias, Luciana Silva, responsável pela coordenação e orientação do estudo explica que as células tronco que todos conhecemos, que apresentam função terapêutica, são diferentes das células tronco do câncer, que neste caso podem provocar o reaparecimento do tumor, devido à sua capacidade de crescimento e retorno. “Elas regeneram o tumor e, por geralmente não serem afetadas pelos tratamentos usuais do câncer, ocorre a seleção de um grupo de células muito mais resistente”, esclarece Luciana.
A doença
O tumor de Câncer de Mama Triplo Negativo, de acordo com o Hospital Sírio Libanês, “costuma ser mais agressivo porque existe maior chance de retorno da doença depois de um prévio controle, levando à metástase e a uma sobrevida menor do que os outros tipos de câncer”. As pacientes têm, em média, uma sobrevida de cinco anos.
O Ministério da Saúde estimou que no biênio 2016/2017, fossem registrados 57.960 novos casos de câncer de mama no país. Deste, 11.592, cerca de 20%, serão de triplos-negativos.
Pesquisa
O estudo tem autoria de Aline Brito de Lima e coordenação da pesquisadora da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Luciana Silva. São co-autores do trabalho os pesquisadores Fernando Varotti, Gustavo Viana e Fábio Santos, além das alunas Camila Barbosa e Alessandra Gonçalves, integrantes do Núcleo de Pesquisa em Química Biológica do Campus Centro-Oeste da UFSJ. As moléculas do estudo foram patenteadas, sendo a Funed uma das instituições autoras da patente.
* Fonte: SES-MG
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